Obras no Porto trazem para as ruas “polícias sinaleiros”

Obras no Porto trazem para as ruas “polícias sinaleiros”
| Porto
Ana Francisca Gomes

Obras de grande impacto na via pública têm requerido mais agentes fiscalizadores de trânsito no Porto. Entre a Marechal Gomes da Gosta e a Rotunda da Boavista, podem encontrar-se cada vez mais agentes da Polícia Municipal do Porto devido às obras do metrobus e das novas linhas de metro.

Nas instalações da Polícia Municipal do Porto, na zona da Pasteleira, o Subintendente Afonso Sousa apressa-se a esclarecer que o termo “polícia sinaleiro” não será o mais correto a utilizar, já que essa é uma profissão praticamente extinta e alocada à Polícia de Segurança Pública (PSP). Ao “agente fiscalizador de trânsito” falta o icónico chapéu redondo - que os cunhava de “cabeça de giz” - e a pequena base para ficar acima do nível do chão, mas as funções mantém-se as mesmas: garantir que o trânsito flui, numa cidade que deixou de ter hora de ponta.

 
 
 
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Os agentes fiscalizadores de trânsito não são uma novidade. Mas as obras relativas às novas linhas de metro e à implementação do MetroBus fizeram-se sentir na cidade e trouxeram para a rua mais destes profissionais, contextualiza o Subintendente da Polícia Municipal do Porto em entrevista ao Porto Canal.

Estes polícias concentram-se sobretudo onde serão as novas estações da Linha Rosa “começando na rotunda da Boavista, passando pela Praça da Galiza, Hospital de Santo António, Praça da Liberdade, São Bento, Avenida dos Aliados”. Mas a obra que tem causado “um impacto ainda maior” é a obra do metrobus, que passa pelas avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa e ainda pela Praça do Império.

Porto Canal

Foto: Ana Francisca Gomes | Porto Canal

Numa carrinha da Polícia Municipal, onde seguia uma equipa de reportagem do Porto Canal em direção ao cruzamento entre a Avenida da Boavista e a Rua de Agramonte, aproxima-se no horizonte um semáforo com o sinal vermelho onde está um agente de fiscalização. “Querem ver? O meu colega vai mandar-nos passar o vermelho, porque não há trânsito do outro lado e do nosso estão alguns carros”, prevê o agente Afonso Sousa. E assim acontece. “Um semáforo não conseguiria fazer esta gestão”, atira.

Para o agente, “ter uma pessoa a ajudar no local é, obviamente, muito mais eficiente” do que tecnologia e basta olhar para o caso dos sinais de trânsito luminosos para o perceber. “Um semáforo tem aqueles tempos de funcionamento e é completamente inflexível” enquanto que um agente pode ter a “capacidade de perceber onde é que há maior necessidade e priorizar o atravessamento automóvel nesses locais em detrimento de outros”.

Foi o alargamento da semaforização que, em 1992, começou a afastar das ruas a icónica figura do polícia sinaleiro. A gestão do tráfego passou a ser feita à distância, nas salas onde estes sistemas se controlam. No Porto, segundo o gabinete de comunicação da PSP, já não existe nenhum polícia sinaleiro. Mas esta força tem, também, profissionais a regular o trânsito, já que “qualquer pessoa fardada o pode fazer”.

Porto Canal

 

Foto: Arquivo Municipal do Porto

Os polícias sinaleiros deixaram de existir na invicta, “mas essa função em si é desempenhada todos os dias por qualquer polícia que tenha como função a regularização do trânsito” corrobora o Subintendente Afonso Sousa, que explica ainda que essa figura estava sob a alçada da PSP porque os municípios não tinham competências a nível da regularização do trânsito.

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