Municípios do Grande Porto discutem em maio continuidade na STCP
Porto Canal / Agências
Os municípios que fazem parte da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) vão decidir, em maio, a continuidade da sua participação na empresa, revelou esta o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.
Em declarações aos jornalistas na sessão de apresentação do relatório de contas da Câmara de Gaia relativo a 2023, Eduardo Vítor Rodrigues, que também é presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), avançou que em maio a empresa que gere a rede de autocarros no concelho do Porto, bem como algumas linhas em concelhos vizinhos, decidirá o plano de investimentos para os próximos 10 anos.
“Em 2024 vamos decidir na assembleia-geral da STCP [que se realiza em maio] a continuidade dos municípios na STCP ou não. É um debate que se vai pôr porque tem de ser discutido o plano de investimentos para os próximos 10 anos (…). Não me parece justo tomar uma decisão quase pessoalista, estado em fim de mandato, quando o que vamos decidir é para os próximos 10 anos, mas a minha posição é clara: acho que Gaia deve manter-se”, disse o autarca.
Atualmente são seis os municípios com participação na STCP: Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Valongo e Vila Nova de Gaia.
Eduardo Vítor Rodrigues defendeu que Gaia deve estar “envolvida como acionista e mantendo a sua participação”, mas salientou que não se sente com “muita margem para tomar uma decisão” dado estar no penúltimo ano do seu último mandato.
“Portanto, vou sufragar esta decisão com a participação dos partidos na Câmara e na Assembleia Municipal. Os transportes têm sido, e têm de ser, uma prioridade absoluta”, disse.
Segundo o autarca, Gaia, juntando a participação na STCP a encargos com a nova rede Unir, investe, por ano, cerca de três milhões de euros em bilhética, na operação e em investimentos.
“Mas tenho expectativa que aumente daqui em diante”, referiu.
Em fevereiro, na cerimónia de apresentação dos 48 novos autocarros elétricos da STCP que decorreu na estação de recolha da Via Norte, em São Mamede de Infesta (Matosinhos), Eduardo Vítor Rodrigues já tinha dito que 2024 “é um ano em que se terá de assumir, ou não, a renovação de compromissos na manutenção desta estrutura intermunicipal”.
O capital e participações sociais da STCP foram transferidos, em 2021, do Estado para os municípios do Porto (53,69%), Vila Nova de Gaia (12,04%), Matosinhos (11,98%), Maia (9,61%), Gondomar (7,28%) e Valongo (5,4%).